Mealheiro #37: 8 formas como diferentes culturas lidam com dinheiro
Cada um é como cada qual, e cada qual é como é
Seja a poupar, a gastar, ou a emprestar, a capacidade de gerir o nosso dinheiro é importante para a nossa vida - e isto é verdade para qualquer parte do mundo. Contudo, nem todos o fazemos de forma igual. Pelo mundo fora, culturas diferentes tratam do seu dinheiro de forma diferente - e por vezes bastante criativa até.
Caja de Ahorros, Panamá
Entre presentes, refeições, e viagens, as grandes celebrações como o Natal podem sair bastante caras às famílias. Para garantir que esta altura do ano não arruína completamente a sua carteira, as pessoas no Panamá depositam uma mensalidade numa caja de ahorros ao longo do ano. Quando chega o Natal, as famílias recebem o total do valor depositado para gastarem como acharem melhor, sem pôr em risco as suas finanças pessoais.
Geld Stinkt Nicht, Alemanha
Os alemães gostam de usar dinheiro físico, e evitam pagar com cartões - isto ajuda-os a evitar dívidas com créditos pessoais. Embora as razões para tal possam estar enraizadas na história do país, esta mentalidade de "dinheiro não cheira mal" permite-lhes que mantenham uma conexão física com o dinheiro - ajudando-os a ser bastante mais conscientes na forma como gastam o seu dinheiro.
Zakat, Paquistão
Zakat é uma obrigação, por lei, no Paquistão - e uma obrigação bastante generosa diga-se. Todos os paquistaneses têm que doar, pelo menos, 2,5% de todos os seus ganhos a instituições de caridade e aqueles que são menos afortunados. Diz-se que esta prática ajuda a ensinar autodisciplina e a livrar os que a praticam de se tornarem obcecados com o acumular de bens materiais.
Harambee, Quénia
Em países onde conseguir empréstimos para investir em pequenos negócios pode ser quase impossível, as comunidades começaram a criar os seus próprios sistemas de crédito. No Quénia, viu-se o aumento do harambee, uma iniciativa liderada pela comunidade em que os participantes juntam o seu dinheiro e o usam para projetos para essa mesma comunidade.
Kuri Kalyanam, Índia
No sudoeste da Índia, as festas de kuri kulyanam são organizadas para juntar dinheiro para grandes despesas, como organizar um casamento ou construir uma casa. Nestas festas é esperado que cada convidado faça uma doação em dinheiro ao anfitrião. Porém, o anfitrião é obrigado a devolver o dobro do valor, ou pelo menos o mesmo, aos convidados numa outra ocasião.
Harisma, Grécia
O casamento é suposto ser uma ocasião alegre e de celebração, visto que marca o início da vida em conjunto de um casal. Para ajudá-los no seu caminho, os convidados de um casamento grego revezam-se a colocar dinheiro, com um alfinete, nas roupas dos noivos enquanto dançam. É um método potencialmente perigoso de dar dinheiro, admito. Mas certamente vale a pena no final.
Susu, Jamaica
O susu é praticado em muitos países das Caraíbas, incluindo a Jamaica, e as suas comunidades de emigrantes nos EUA e Canadá. Construído na base da confiança, o dinheiro arrecadado dentro da comunidade é dado a uma pessoa para gastar com uma grande compra, como um carro ou educação. Isto permite que pessoas com dificuldades de obter crédito possam ter acesso a dinheiro mais facilmente.
Tarof, Irão
Se alguém no Irão te fizer uma oferta generosa (como não teres que pagar por uma viagem de táxi), é esperado da tua parte que recuses a oferta. E, normalmente, tens que o fazer pelo menos 3 vezes - caso contrário, arriscas-te a aceitar uma oferta que a outra pessoa realmente não pode, ou não quer, pagar. Esta “dança” de sim e não faz parte da cultura iraniana, e é visto como uma forma de boa educação.
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